terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Conjunto para coloração de Ziehl Neelsen

Conjunto para coloração de Ziehl Neelsen


Conjunto de coloração para pesquisa de bacilos álcool acido resistente.

Apresentação:

Kit conteúdo:
1 frasco de fucsina Ziehl Neelsen com 500 ml ;
1 frasco d azul de metileno com 500 ml .
1 frasco de álcool acido de 500 ml.


Composição:

Fucsina fericada de Ziehl : fucsina básica 10,0 g/l.
Fenol fundido 50,0 ml/l; Álcool etílico 100,0 ml/l.

Azul de metileno: Azul de metileno : 3,0g/l Fenol fundido 50,0ml/l; álcool etílico 100,0ml/l .

Álcool acido: Ácido clorídrico 30,0 ml/l ; álcool etílico 970,0ml/l

Informações Técnicas :

A coloração de Ziehl-Neelsen baseasse na capacidade de algumas bactérias (microbacteria e actinomicetes) resistirem aos métodos comuns de coloração devido à composição altamente lipídica da parede celular. Após um processo de coloração especial a quente uma vez coradas não sofrem ação de descorantes fortes como solução de álcool acido. Desta forma, a fucsina de Ziehl cora todas as bactérias de vermelhos, e após de descoloração com álcool – acido somente os bacilos álcool – acido resistente (b.a.a.r) conservarão está cor. para facilitar a visualização cora-se o fundo com azul metileno , estabelecendo–se contraste nítido entre elementos celulares e outras bactérias (azuis) e os b.a.a.r (vermelhos)

Técnica de coloração :

1º Cobrir a lâmina com solução de Fucsina fenecida de azul
2º Com uma chama fraca sob a lâmina (de lamparina a álcool por exemplo) aquecer suavemente até a emissão de vapores, durante 5 minutos. Evitar ebulição evoparação do corante.
3º Lavar rapidamente em água corrente.
4º Inclinar a lâmina e cotejar a solução descorante sobre o esfregaço, até que não escorra mais liquido vermelho.
5º lavar em água corrente novamente.
6º Cobrir a lâmina com solução de azul de metileno deixar agir por 40 segundos e 1 minuto.
7º lavar em água corrente e secar entre duas folhas de papel de filtro.
8º levar a microscópio para proceder a leitura.

Leitura e interpretação dos resultados:

Procede a leitura com o objetivo de imersão. Os bacilos álcool – ácido resistentes aparecem como bastonetes finos vermelhos isolados ou agrupados, encurvados e nodulados.

Técnica de confecção do esfregaço:

Fazer suspensão das bactérias – teste conforme a escala 0,5 mac Fariamil.
Fazer 2 esfregaço na mesma lâmina um de bactéria controle positivo, e outra de contraste positivo , com alça 1:1000
Corar como de rotina.

Cuidados com a amostra

Por tratar–se de material clinico potencialmente contaminado, manusear todos os testes de acordo com normas de biossegurança e utilizando equipamento de proteção individual (luvas, avental e mascara), em luxo laminar.

Referencia bibliográfica.

_Filoneto, M Pilonetto,C.V. manual de procedimentos laboratoriais em microbiologia – POPs em Microbiologia. Curitiba microscience, 1998.

_Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil. 2ª ed. São Paulo: Siqueira. 1959.

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CONJUNTO PARA COLORAÇÃO DE GRAM (NEWPROV)

APRESENTAÇÃO.

Kit contendo:
1 frasco de cristal violeta com 500ml.
1 frasco de lugol para Gram com 500ml.
1 frasco de álcool-acetona.

COMPOSIÇÃO.

Cristal-violeta: Crista violeta: 10,0g/l; Álcool etílico absoluto 100,0ml/l; Oxalato de amônio: 8,0g/l.

Lugol para Gram: Lugo: 0,333ml/l

Álcool-acetona: Acetona P.A. ; 300,0ml/l; Alcoo etílico absoluto 700,0ml/l.

Fucsina fenicada de gram: Fucsina fenicada de Ziehl Nielscen 100,0ml/l.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS.

O método de Gram (1884) basea-se no fato de que: quando certas bactérias são coradas pelo cristal violeta e depois tradados pelo lugol, forma-se um composto de coloração escura entre o iodo e o corante (iodopararrosalina), o qual é fortemente retido pelas bactérias e não pode ser facilmente removido pelo tratamento subseqüente com álcool-acetona: São as bactérias Gram positivas ou que tomam o Gram. Outras bactérias ditas Gram negativas deixam-se descorar facilmente pela solução de álcool-acetona.
Assim sendo, se após a ação do álcool-acetona, fizermos uma coloração de fundo pela fucsina, as bactérias Gram-negativas aparecerão vermelhas, ao passo que as Gram-positivas aparecerão roxas, isto é conservarão a cor violeta.
Esta reação é de grande importância para a sistemática bacteriana, sendo que os cocos são geralmente gram-positivos, com exceção dos pertencentes ao gênero Neisseria (gonococos e meningococos) enquanto os Bacilos geralmente são Gram-negativos, com exceção dos pertencentes ao gênero Corynebacterium (bacilo diftérico). Bacttus (bacilo de carbúnculo) e Clostridiunm (bacilo do tétano).

TÉCNICA DE COLORAÇÃO.

Recobrir a lâmina com solução de cristal violeta e deixar por 30 seundos a um minuto. Escorrer o excesso de corante.
Sem lavar com água, verter sobra a lâmina a solução de lugol para gram, deixar agir durante um minuto, verter fora o excesso de solução.
Ainda sem lavar a preparação, recobri a lâmina com solução de Álcool-acetona e lavar a lâmina com esta solução até que a cor roxa cesse de desprender-se.
Lavar com água.
Corar com a Fucsina Fenicada de Gram durante 30 segundos.
Escorrer o corante e lavar com água. Secar e proceder a leitura com objetivo de imersão.

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS.

Proceder a leitura com objetiva de imersão. Os cocos são geramente gram positivos, com exceção dos pertencentes ao gênero Neisséria (gonococos e meningococos) enquanto os Bacilos geralmente são Gram-negativos, com exceção dos pertencentes ao gênero Corynebacterium (bacilo diftérico). Bacttus (bacilo de carbúnculo) e Clostridiunm (bacilo do tétano). Esta coloração é de grande valia no diagnóstico presumitivo das infecções bacterianas especialmente aquelas que acomentem sítios anatômicos normalmente estéreis (Meningites bacterianas). Outra utilidade extremamente importante é a sua aplicação na avaliação da qualidade das amostras clinicas (escarros, feridas superficiais).

TÉCNICA DE CONFECÇÃO DO ESFREGAÇO.
Obs: mesma que do Ziell Neelsen.

Bibliografia:

_Filoneto, M Pilonetto,C.V. manual de procedimentos laboratoriais em microbiologia – POPs em Microbiologia. Curitiba microscience, 1998.

_Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil. 2ª ed. São Paulo: Siqueira. 1959.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

1. ORIENTAÇÃO PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE SOLUÇÃO VENOSA.

ORIENTAÇÃO PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE SOLUÇÃO VENOSA.


1.1 SOLUÇÕES.

Solução é uma mistura homogênea composta de duas partes distintas:
a) Soluto, que é a substância a ser dissolvida;
b) Solvente líquido, no qual o soluto será dissolvido.

Resistência de uma solução significa a quantidade de soluto numa porção definida de solvente. De acordo com a resistência ou osmolaridade, as soluções podem ser classificadas em:
a) isotônica;
b) hipertônica;
c) hipotônica.

Assim, a resistência ou concentração é respectivamente igual, maior ou menor que a do sangue que foi tratado como padrão.

A solução de glicose a 10% é hipertônica, e a inferior a 5% é hipotônica.

A Solução de cloreto de sódio (NaCl – soro fisiológico) a 0,8% ou 0,9% é isotônica, A concentração inferior é considerada hipotônica, e acima deste nível é tomada como hipertônica.

A resistência ou concentração das soluções pode ser expressa da seguinte maneira:
a) em percentagem: exemplos: 5%, 10%, 20% - significa que, em cada 100 partes de solvente, há respectivamente, 5, 10 e 20 partes de soluto:
b) em proporção: exemplos: 1:10, 1:1000 – significa que, em cada 10 ou 1000 partes de solvente, há uma parte de soluto;
c) em quantidade definida: exemplos: 40u por cm3 ou 80u por cm3 (40u/cm3 ou 80u/cm3).

Soluções mais usadas:

Em nosso meio, as soluções (geralmente chamadas de soro) para uso parenteral mais comumente encontradas são:

a) solução glicosada ou soro glicosado a 5, 10, 20 e 50%;
b) solução de NaCl ou soro fisiológico de 0,8 a 0,9%;
c) soro cloretado a 20%;
d) solução de glicose e cloreto de sódio ou soro glicofisiológico.




1.2. TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÕES.

Nem sempre temos disponível a concentração da solução desejada para satisfazer as necessidades imediatas do paciente. É comum termos o soro glicosado a 5%, e o paciente necessitar, de imediato, de um frasco a 10 ou 15%, não havendo tempo suficiente para solicitarmos do laboratório ou da farmácia (no caso, do nosso Hospital) que o prepare. Nesta situação, temos que solucionar o problema, de modo que o paciente não seja prejudicado.

Existem fórmulas outras para se fazer esta transformação; preferimos usar a regra de três simples, por considerarmos mais acessível a todos.

Observação: Para as transformações, tomaremos como padrão o frasco de 500ml de soro.

1.2.1. TRASNFORMAÇÃO DO SORO GLICOSADO ISOTÔNICO EM HIPERTÔNICO.

Exemplo nº 1.

Temos 500ml de soro glicosado a 5%, e a prescrição foi de 500ml a 10%.

Em primeiro lugar, teremos que verificar quanto foi prescrito, isto é, quanto contém um frasco a 10%. Encontrando a diferença, procuraremos supri-la, usando ampolas de glicose hipertônica.

1º passo:

100ml_______5g
500ml________X

X = 500 x 5 = 25g
100

500ml de soro glicosado a 5% contém 25g de glicose.

2º passo:

100ml_____10g
500ml_______X

X = 500 x 10 = 50g
100

500ml de soro glicosado a 10% contém 50g de glicose.

Temos 25g, e a prescrição foi de 50g, faltam portanto, 25g.
3º passo:

Temos ampolas de glicose de 20ml a 50%.

100ml_____50g
20ml_______X

X = 20 x 50 = 10g
100

Logo, cada ampola de 20ml a 50% contém 10g de glicose.

Se uma ampola de 20ml a 50% contém 10g, em quantos mililitros (ml) teremos 25g?

20ml_____10g
X______25g

X = 20 x 25 = 50ml
10

Então, colocaremos 50ml de glicose a 50%, ou seja, 2 ½ ampolas de 20ml no frasco de 500ml a 5%. Ficaremos com 550ml e 50g de glicose.

Este mesmo raciocínio poderá ser usado para transformar qualquer soro cuja diferença de concentração for apenas 5%.

Exemplo nº 2

Temos soro a 10% e precisamos transformá-lo em soro a 15%.

1º passo:
100ml_____10g
500ml______X

X = 500 x 10 = 50g
100

500ml de soro a 10% contém 50g de glicose.

2º passo:
100ml_____15g
500ml_____X

X = 500 x 15 = 75g
100

500ml de soro a 15% contém 75g de glicose. A diferença é, portanto, de 25g (75 – 50 = 25).

1.2.2 Transformação da solução fisiológica isotônica em hipertônica

O soro fisiológico ou solução clorada, que existe no mercado em frasco de 250, 500 e 100 ml, e, normalmente, de 0,9 % {alguns laboratórios variam um pouco esta concentração, mas dentro dos limites de 0,7 a 0,9 %}

Exemplo nº5.

Temos 500 ml de solução fisiológica a 0 , 9 %,e a prescrição foi de 500 ml a 2 %.

1º passo: 100 ml ------- 0 , 9 g
500 ml--------x

X=500x 0 , 9 = 4 , 5 g
100


500 ml de soro 0,9 % contém 4,5 g de cloreto de sódio.
Quantos gramas NaCl precisarão acrescentar para obtermos o soro a 2 %?

2º passo: 100ml----------2 g
500ml----------x

x = 500 x 2 = 10 g
100

500 mil de soro a 2 % contêm 10 g de cloreto de sódio.

500ml a 0 , 9% = 4 , 5 g
500ml a 2 , 0 % = 10 g

logo , a diferença é de 5 , 5 g

como encontramos os 5, 5 g de cloreto de sódio que faltam ?

3º passo: temos uma ampola de 10 ml de soro de cloretado a 20%

100 ml --------20 g
10 ml-------- x

x = 10x 20 =2 g
100
Logo, cada ampola de 10 ml contém 2 g de cloreto de sódio.

Em quantos mililitros encontramos os 5 , 5 g ?

10 ml-----2g
x -----5 , 5 g

x = 10 x 5 , 5 = 27 ,5 ml
2

então, 27,5ml ou seja, 2 ¾ ampolas, ampolas de 10 ml nos fornecerão os 5,5g de que necessitamos.
Ficaremos com 527,5 ml de que necessitamos de solução a 2%.

Exemplo nº 6:

Temos 500 ml de solução fisiológica a 0 , 9% e a prescrição foi de 500 ml a 1 %

1º passo:

100ml------0,9g
500ml--------x

x = 500 x 0,9 = 4,5g
100

500 mil de soro a 0,9% contêm 4,5g de cloreto de sódio.

A diferença é de 0 , 5 g {5 - 4,5}.

2º passo:


Temos ampolas de cloreto de sódio de 10 ml a 10 %


100 ml ------ 1 g
10 ml ----- x

10 x10 = 1g
100

500ml de soro a 1 % contêm 5g de NaCl.
A diferença é de 0,5g (5 – 4,5).


3º passo:

Temos ampolas de NaCl de 10ml a 10%.

100ml____10g.
10ml_____x

10 x 10 = 1g
100
Logo, uma ampola de 10ml a 10% contém 1g de NaCl.


Necessitamos de 0,5 g. Então , colocaremos ½ ampola de 10 ml a 10 % no frasco de 500 ml a 0,9 %.

Exemplo nº 7.

Algumas vezes, o médico prescreve apenas o acréscimo de 0,5, 1 ou mais gramas de NaCl, neste caso basta sabermos quantos gramas de NaCl contém cada ampola, adicionando-os ao frasco de soro.

Temos ampolas de 10 ml de cloreto de sódio a 10 ou 20 %

100 ml ---- 10 g
10 ml ---- x


x = 10x10 = 1g
100

cada ampola de 10 ml a 10 % contém 1 g de cloreto de sódio.

100 ml ---- 20 g
10 ml ---- x


x = 10 x 20 = 2 g
100

cada ampola de 10 ml a 20 % contem 2 g de cloreto de sódio

1.2.3. Transformação da solução Glicosada em Fisiológica em glicofisiológica.

Algumas vezes, temos a solução glicosada, e o paciente necessita da glicofisiológica.
Sabemos que em 500ml de soro glicofisiológico há 25g de glicose e 4,5g de NaCl, não será difícil solucionarmos a questão.
Tomaremos, em primeiro lugar, o soro glicosado. Já sabemos, pelos exemplos anteriores, que 500ml de soro isotônico contem 25g de glicose.
É Necessário apenas adicionarmos os 4,5g de NaCl, para obtermos a solução desejada.

Exemplo nº 8:

Temos ampolas de cloreto de sódio de 10 ml a 10,20e 30 %

Em qual delas teremos os 4,5 g ?
Ampolas de 10 ml a 10 %

1º passo: 100 ml -----10 g
10 ml ----- x


x = 10 x 10 = 1g
100

2º passo: 10 ml ----- 1 g
x -------- 4,5 g

x = 10 x 4,5 = 45 ml
1

Necessitaremos, então,de 45 ml de soro cloretado a 10 %, ou seja,4 ½ ampolas de 10 ml.
Ficaremos com 545 ml de solvente com 25g de glicose e 4,5g de NaCl.

Ampolas de 10 ml a 20 %:

1°passo: 100 ml---20 g
10ml --- x

x = 10 x 20 = 2g
100

2° passo: 10 ml --- 2g
x--------4,5g

x = 10 x 4,5 = 22,5 ml
2

Necessitaremos , então , de 22,5 ml de soro cloretado a 20%, ou seja , 2 ½ ampolas de 10ml.

Ampolas de 10 ml a 30 % :


1° passo: 100ml ---30 g
10ml ---- x

x = 10 x 30 = 3 g
100
Tabela 1
Transformação do soro glicosado isotônico em hipertônico
(Frasco de 500 ml)

Concentração
do soro
existente
(%)

Concentração
do soro
existente
(%)
5
5
5
10
10
10
20
Quantidade
nessesaria
(%)

10
15
20
15
20
25
25
Quantidade
a retirar antes
de adição de glicose
hipertônica
(ml)

-
100
200
-
100
150
-
Quantidade
De glicose
A adicionar
(a50 %)
50
110
170
50
120
180
50

Solvente
(ml)

550
510
470
550
520
530
550

Soluto
(g)

50
75
100
75
100
125
125

Total de
Calorias
A administrar

200
300
400
300
400
500
500
NOTA: Sempre que a diferença é de apenas 5%, basta adicionar 50ml a 50%, não sendo necessário retirar qualquer quantidade. Quando a diferença é maior, há necessidade de retirar quantidade igual ou superior á que será adicionada, uma vez que o frasco tem capacidade limitada.


2°passo: 10 ml---- 3g
x------ 4,5 g


x = 10 x 4,5 = 15 ml
3

Necessitaremos, então, de15ml de soro cloretado a 30 % ou seja , 1 ½ ampolas de 10 ml.
Tomaremos,agora,o soro fisiológico, que já contém os 4,5 de cloreto de sódio.Teremos apenas adicionar os 25 g de glicose.
Como vimos no exemplo n°1, 50ml de glicose a 50% nos dão exatamente 25g de glicose. Neste caso, basta 20 ml ou 5 ampolas de 10 ml a 50 %.
Ficaremos,então,com 550ml de solução com 25g de glicose e 4,5g de NaCl.




1.3. Velocidade do gotejamento.

1.3.1. Fatores que interferem.

Quando da administração de solução venosa ,alguns fatores devem ser levados em consideração,tais como: idade,diagnostico,estada geral (necessidade imediata); tipo de solução a ser usado, etc.
A idade deve ser considerada, uma vez que a quantidade de soro e a velocidade do gotejamento prescrito para uma criança são diferentes das que se prescrevem para um adulto ou um ancião.
O diagnostico e o estado geral do paciente, são também fatores que determinam a velocidade de administração.No caso de hipovolemia,por exemplo, há necessidade de uma reposição mais imediata do volume liquido circulante, a fim de evitarmos maior complicação para o paciente.

Há situações em que o soro e colocado apenas para manter uma veia servindo de veiculo para a introdução de medicamentos.Em outras,o medicamento e colocado no próprio soro;neste caso, o gotejamento tem que ser mais lento.

O tipo de solução e outro fator que não deve ser esquecido. A solução isotônica de glicose pode ser administrada mais rapidamente que a hipertônica, pois esta pode provocar desidratação (ação diurética), quando administrada muito rapidamente.

Outro fator que interfere na velocidade do gotejamento e o estado do coração e dos rins.
Sabemos que estes dois órgãos desempenham papel de grande importância na utilização dos líquidos administrados.

A superfície corporal do paciente, o calibre do vaso puncionado e as reações do paciente durante a infusão também deve ser considerados.

Não podemos determinar com exatidão os números de gotas a ser administrado por minuto, pois, como vimos, varia de acordo com o paciente e com a situação.Assim, o calculo exato deve ser efetuado a partir de uma situação real. Contudo, em media, o gotejamento poderá variar de 20 a 60 gotas por minutos.

1.3.2. Calculo do gotejamento.

Quando temos que calcular a velocidade de gotejamento de uma solução a ser administrada, dois fatores nos chamam atenção;
a) total de solução a administrar;
b) total de tempo.

Temos , geralmente, um total x de solução administrar num tempo x considerado como o ideal, levando em consideração os fatores já anteriormente mencionados.
Teremos que saber o total de gotas a administrar e o tempo em minutos;em seguida, dividir o total de tempo, como indica a formula:

Total de solução (gotas) = n° de gotas/min
Total de tempo (minutos)

Antes de fazermos o cálculo, desejamos esclarecer que tornamos o conta-gotas padrão, cujo diâmetro cor corresponde a 1 ml, e que 20 gotas de uma solução hidrossolúvel correspondem a 1 ml

Exemplo n° 9:

Temos 1 000 ml de solução glicosada para serem administrados num período de 6 horas.


1° passo:

1ml ---------- 20 gotas
1000ml ------x

x = 1000 x 20 = 20000 gotas
1

2° passo: 1 h --- 60 min
6h------x

x = 6 x 60 = 360 min
1

20000 gotas + 360 min = 55,5 gotas.

Logo, para um período de 6 horas, devemos administrar 56/ min.

Exemplo n° 10 :



Temos 1500 ml de solução glicosada, para serem administrados nem período de 8 horas.

1° passo: 1 ml – 20 gotas
1 500 ml – x

x = 1 500 x 20 = 30000 gotas
1

2°passo: 1h ------60 minutos
8h--------x

x = 8 x 60 = 480 min
1

30000 / 480 min = 62,7 gotas.

Logo, para um período de 8 horas, deveremos administrar 63 gotas por minuto.

Quando o total de tempo é de 12 ou 24 horas, há uma maneira mais simples de fazermos o cálculo, dividindo respectivamente o total a ser administrado pelas constantes 35 e 70.

Exemplo nº 11:

Temos 1500ml de soro, para serem administrados em 12 horas.

1500ml / 35 = 42,8 gotas.

Logo, para um período de 12 horas, devemos administrar 43 gotas por minuto.

Exemplo nº 12:

Temos 2000ml de soro, para serem administrados em 24 horas.

2000ml / 70 = 20 gotas.

Logo, para um período de 24 horas, deveremos administrar 28 gotas por minuto.

TABELA 2.
GOTEJAMENTO DE SOLUÇÃO POR MINUTO
(Conta – gota padrão – 1ml = 20 gotas)

TOTAL
A
ADMINISTRAR
NÚMERO DE GOTAS POR MINUTO

120 min.
(2h.)
240 min.
(4h.)
360 min.
(6h.)
480 min.
(8h.)
720 min.
(12h.)
1440 min.
(24h.)

500
83
42
28
21
14
7
1000
166
83
56
42
28
14
1500
-
125
83
63
43
21
2000
-
166
111
83
55
28
2500
-
-
139
104
69
35
3000
-
-
166
125
83
42
3500
-
-
-
146
97
50
4000
-
-
-
166
111
57






1.4. Cuidados a serem observados na administração de solução venosa


A enfermeira desempenha um papel muito importante na administração de qualquer medicamento,especialmente em se tratando das vias parenterais e, dentre, a venosa.
Uma explicação ao paciente se faz necessária, a fim de tranqüiliza-lo e conseguir sua cooperação.
É importante ressaltarmos que alguns fatores podem modificar a velocidade do gotejamento da solução já instalada,tais como: modificação da altura em que foi colocado de início o soro (maior altura,maior velocidade); posição em que é mantido o melhor no qual foi puncionada a veia; movimentação do paciente; mudança de posição.

Os cuidados a serem observados são:

1.4.1. Puncionar, primeiramente, a veia da região distal (extremidades--- mão e antebraço), especialmente se o paciente for tomar soro durante alguns dias, deixando as da região proximal (basílica,mediana á altura da dobra do cotovelo) para uma fase posterior.

1.4.2. Evitar,sempre que possível, puncionar veias sobre articulação,uma vez que isto limita os movimento do doente,fatigando-o facilmente.

1.4.3. Só puncionar veias dos membros inferiores quando for impossível consegui-las nos membros superiores,isto porque, naquelas veias, os fenômenos trombo embólicos são mais comuns.

1.4.4. Ao fixar o aparelho de soro no braço do doente ,observar se há medicação a ser administrada, deixando livre a conexão de borrachas,para introdução do medicamento.

1.4.5. Acrescentar,no rótulo do frasco,o nome e a dosagem do medicamento adicionado á solução.

1.4.6. Usar agulha curta e fina (tipo hipodérmica), 10x5, para injetar o medicamento pela borracha do soro, extravasamento da solução através do orifício deixado por algumas mais calibrosas.

1.4.7. Ao injetar,pela borracha do soro,solução
hipertônica ou qualquer solução que cause dor. Convém aumentar o gotejamento do soro após a injeção, a fim de promover maior dissolução da droga, dor trajeto venoso. Em seguida,voltar ao normal.

1.4.8. Fazer movimentação passiva do membro onde está instalado o soro.

1.4.9. Vigiar constantemente o paciente, para observar:

a) a velocidade do gotejamento o paciente menos avisado pode aumentar o gotejamento do soro, o que acarretará complicações, como sobrecarga cardíaca (aumento de TA, dispnéia, distensão); neste caso, deve-se colocar o paciente em fowler a diminuir o gotejamento da solução e providenciar, imediatamente a presença do medico outras vezes, o gotejamento é interrompido.ou pela posição do paciente , ou por obstrução da agulha ao primeiro passo , modifica-se a posição do doente do membro esta puncionada a veia; no segundo caso, tenta-se descobrir a agulha, aspirando-a, ou então se punciona outra veia.

b) o local da infusão é trajeto venoso: se ocorrer infiltração niperemeia, ou se o paciente se queixar de dor, deve-se contatar se há ou não necessidade de puncionar outra veia.

c) o frasco da solução: deve-se verificar a quantidade de soro restante, trocar o frasco e retirar no tempo certo,evitando penetração de ar e, conseqüentemente, uma empola gasosa (sinais hipertensão,pulso rápido e débil, cianose,aumento de pressão venosa, perda de consciência).

d) pulso débil, respiração superficial, TA baixa (especialmente a diastólica);

e) possível perda da capacidade de excretar urina concentrada, porque pode ocorrer lesão tubular

f) sonolência, desorientação;

f) taxa de potássio abaixo do limite mínimo normal.


2. ORIETAÇAO PARA ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DO CLORETO DE POTÁSSIO (KCl).

2.1. Princípios gerais.

O potássio é um cationte intracelular da maior importância. A alteração de sua concentração determina anormalidades tanto funcionais como estruturais.
Sua função principal é manter a excitabilidade de determinadas células, especialmente do miocárdio.
O potássio é distribuído no organismo de maneira desigual. Sua maior concentração é intracelular, daí ser de difícil avaliação, uma vez que esta é feita no soro. O limite considerado normal é de 3,5mEq/l a 5,0mEq/l no soro, e cerca de 150mEq/l no interior da célula.
È introduzido no organismo, em condições normais, através dos alimentos. Segundo vários autores, há necessidade de cerca de 40 mEq/l diários, para manter o equilíbrio orgânico. Em condições normais de vida, não é necessária uma suplementação para se obter a taxa desejada.
A eliminação do potássio é feita, em grande parte, pela urina, em pequena quantidade, pelas fezes, por vômitos, drenagens, especialmente a abdominal.
Em algumas situações, pode ocorrer acúmulo ou deficiência de potássio no organismo, sugerindo hiperpotassemia ou hipopotassemia.


2.2.1. Hiperpotassemia.

2.2.1.1. Sinais e sintomas de hiperpotassemia.

a) fraqueza muscular vaga, que vai aumentando, podendo levar á paralisia;
b) presença de oligúria ou anúria;
c) alteração do ECG – modificação da onda T, que se torna mais alta e pontiaguda, depressão do segmento ST; alteração do complexo QSR, que se apresenta mais largo e aberrante; possível alteração cardíaca, como bradicardia, fibrilação ventricular, hipotensão e mesmo parada cardíaca;
d) possível confusão mental;
e) possíveis queixas de parestesia.

2.2.1.2. Causas de hiperpotassemia.

a) oligúria ou anúria – a administração de potássio em pacientes com esta sintomatologia pode acarretar uma hiperpotassemia;
b) acidose respiratória e metabólica –aumenta a concentração do ionte hidrogênio no liquido extracelular, acarretando saída de K do interior da célula;
c) uso de transfusões em grande quantidade – um litro de sangue estocado durante uma semana pode ter até 30mEq/l de K.
d) uso de grande quantidade de penicilina potássica – uma dose de um milhão de unidades fornece cerca de 1,7 mEq/l de potássio;
e) ingestão de potássio em grande quantidade (relativamente rara).

2.2.1.3 Atitudes da enfermagem nos casos de hiperpotassemia.

a) eliminar alimentos ricos em K.
2.2.2.2. Causas de hipopotassemia

a) poliúria--- especialmente se coincide o uso de diuréticos (e mais especialmente com os do grupo tiazidico);
b) vômitos e diarréia abundantes;
c) utilização freqüente de laxativos;
d) grandes drenagens abdominais;
e) aspiração nasogastrica constante;
f) grandes queimaduras;
g) deficiência acentuada de ingestão (muita rara).

2.2.2.3. Atitudes da enfermeira nos casos de hipopotassemia.

a) manter em observação os sinais vitais—TPR e TA;
b) manter o paciente em repouso;
c) administrar alimentos ricos em potássio;
d) controlar a ingestão e especialmente a eliminação de líquidos;
e) providenciar para que sejam feitos os exames solicitados;
f) administrar o cloreto de potássio venoso, conssiderando o seguinte:
Só administra-los diluído em soro; nunca injeta-lo diretamente na veia, pois provocará parada cardíaca

Usar soro fisiológico como solvente para o potássio ,porque a glicose promove a migração do mesmo para o interior da célula. Não coloca-los em soro já instalado algum, evitando assim maior concentração da solução agitar um ouço o frasco após colocar o potássio ,evitando que este concentre logo acima do tampão do frasco, o que poderá levar a uma hiperpotassemia transitória.

Puncionar, de preferência , uma veia calibrosa.

Observar cuidadosamente o gotejamento da solução.

Controlar cuidosamente ,o gotejamento da solução, de acordo com a concentração do potassio e estado do paciente. Segundo algumas orientações ,devem ser administrados, no Maximo, 30 mEq/1 por hora, em 500 ml de soro.

Para cada ampola usaremos a seguinte formula:

mEq/1 = mg % x 10 x V
P M


Exemplo nº 1:


Temos ampolas de cloreto de potássio de 10 ml a 20 % quantos meq/1 contém cada ampolas?

100 --- 20 g
10 --- x

x = 10 x 20 = 2 g
100


cada ampola de 10 ml a 20 % conter 2g de cloreto de potássio.

Então: 2 000 mg x 10 x 1 = 26 ,8 mEq/1
74,5

Em 2g de KCl, temos 26,8 mEq/1.

Exemplo n° 2: temos ampolas de cloreto de potássio de 10 ml 7,4 %. Quantos mEq/1 contem cada ampolas ?


100 ml --- 7,4 g
10 ml ----- x


x = 10 x 7,4 = 0,74 g
100

Cada ampolas de 10 ml a 7,4% contem 0, 74 g de cloreto de potássio.

Então:
740 mg x 10 x 1 = 9,93 mEq/1
74,5

Em 0,4 g de cloreto de potássio, temos 9,93 mEq/1

quando o cloreto de potássio for administrado por via oral, deve ser dado,de preferência, após as refeições a dissolvido em uso ou água, para evitar irritação da mucosa gástrica.

Observações:

1.2.2.1 PA (peso atômico)--- cloreto = 35,5

PA (peso atômico) --- potássio = 39,0
V (Valencia) ----- Cl e k = 1

Os números, aqui, apenas, apenas o peso atômico das substancia que nos interessam no momento (cloreto e potássio).de um modo geral. Os livros trazem tabelas de peso de todas as substancia,que podem se consultadas quando desejarmos fazer qualquer transformação.


1.2.2.2 Ao colhermos sangue para a dosagem do potássio, devemos:

a) evitar grandes contrações musculares --- aumentam o potássio extracelular, dando, portanto, resultado falso

b) retirar a agulha ao colocarmos o sangue no provete, e deixar-lo correr pelas paredes do mesmo,evitando hemólise…









3. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS HIPOGLICEMIANTES.

3.1. Insulina.

Insulina e um hormônio secretado pelas células beta das ilhotas de Langherans, do pâncreas.

Quando há uma deficiência primaria ou secundaria da produção deste hormônio, ocorre a diabete.
A insulina exerce sua ação sobre todo o metabolismo orgânico, especialmente sobre os carboidratos. Ela estimula os músculos e outros tecidos a fixarem a glicose, provocando, assim, baixa do nível sanguíneo.

A principal finalidade do uso da insulina nos diabetes melitus é normalizada a glicemia, ausentar a cetonuria, retardar complicação e promover o bem-estar do paciente.

Alguns autores afirmam que o tratamento á base de insulina , embora não consiga evitar as complicações, especialmente as vasculares, tem conseguido baixar as taxas de morbidade e mortalidade por complicação.

São vários os tipos de insulina, mas nos deteremos apenas em dois, por serem os mais comumente usando: insulina regular e n p h.

E uma solução clara, limpa, mais usada em casos de emergência, como na acidose diabética, nas infecções agudas, nos pré e pós- operários imediatos.
Esta preferência se deve ao tempo relativamente curto absorção e de ação deste tipo de insulina. Aproximadamente 30 minutos depois que a dose foi administrada,tem inicio sua ação, que alcança um Maximo de atividade entre 2 e 4horas e perduras por 5 a 7 horas.

3.1.2. insulina neutra protamina de hagedon (NPH)
este tipo tem período de ação um pouco mais retardado, porem mais duradouro,daí ser grandemente usa do nos caso de manutenção de tratamento. Sua ação tem inicio aproximadamente 4 horas após a administração; alcança o Maximo mo de atividade de atividade entre 6 e 12 horas, durante seu efeito entre 24 e 32 horas.





3.1.3. Complicação da terapêutica insulínica

3.1.3.1 Hipoglicemia

É freqüentemente, devido a fatores diversos que alteram a sensibilidade a insulina.
Dose elevada deste hormônio, emoção, exercícios, são alguns dos fatores que contribuem para o aparecimento desta complicação.

3.1.3.2. Lipodistrofia
os tipos mais comuns de lipodistrofia são: atrofia e hipertrofia, Atrofia é uma perda localizada de tecido, manifestada pr depressão sem inflamação ou fibrose. Hipertrofia surge como resultado da aplicação repetida da insulina no mesmo local; aparece fibrose de tecido, e o local torna-se indolor , devido á diminuição da irrigação venosa local, dificultando, assim, a absorção da insulina.

3.1.3.3. Resistência
Esta não é uma complicação das mais comuns o termo resistência é usado pelos autores com relação aos pacientes que necessitem de grandes doses diárias de insulina para manifestar alguma resposta. Os autores, de em modo geral, incluem neste caso, os paciente que necessitam de mais de 200u diárias.

3.1.3.4. Alergia outra complicação que, não sendo das mais comuns, pode ocorrer. Manifeta-se por reações locais. Tais como :
vermelhão, calor nodosidade, prurido.

3.1.3.5. Edema insulínico

Não é muito comum, poerem pode ocorrer, especialmente após o tratamento do coma, como conseqüência de uma super-hidratação.

3.1.4. Cuidado de enfermagem na administração de insulina.

A) fazer anti-sepsia local.

B) observar o tipo de insulina que foi prescrito.


C) Regular - límpida e cristalina.

D) NHP - aspecto leitoso (quando emulsionada).


E) aplicar corretamente a insulina NHP. Deve-se agitar um ouço o frasco antes de aspirar o liquido , uma vez que o principio ativo da droga fica depositado no fundo frasco , quando em repouso.

F) observar o local de administração. Deve ser variado, para evitar a lipodistrofia, mas na mesma região anatômica.por exemplo: em se tratando dos membros superiores, pode-se administra a insulina na região deltoidiana , na fase interna do braço e antebraço e até na região da omoplata.É contra indicado muda diariamente de região anatômica (braço, perna, braço, etc.). conseqüentemente, alteração do tempo de ação. Nos membros inferiores, geralmente a maior acumula de tecido adiposo, o de vai influir no processo de absorção, retardando-o. Quando o paciente estiver usando insulina por muito tempo, deve mudar, de vez em quando, a região anatômica, observando-se,porem, mais rigorosamente o paciente dos primeiros dias desta mudança,para verificar qualquer alteração do tempo de ação do medicamento.

G) observar o horário de administração. Este e um cuidado que não deve ser esquecido. A insulina regular,devido a seu tempo de ação, e administrada mais de uma vez por dia. O horário ideal para essa administração e sempre cerca de 15 minutos antes das refeições.Isto contribui para evitar possíveis crises de hipoglicemia uma vez que o período Maximo de absorção dos alimentos vai coincidir com o da insulina. Quanto à insulina N P H , como e usada só uma vez por dia, deve ser administrado o mais cedo possível.um horário ideal e entre 7 e 8 horas. Isso também contribui para uma observação mais segura de reações hipoglicêmicas , pois, se ocorrem, o paciente provavelmente ainda estará em vigília .


H) observar a via de administração. A mais usada e a subcutânea. A insulina N P H não deve ser administrada por via intramuscular, pois neste caso a sua absorção e mais rápida, enquanto ,por via subcutânea, e mantido limiar sanguíneo ideal no período correto. Quando indicado por via venosa, a insulina nunca deve ser colocada numa solução, por que não só se deposita acima do tão pão do frasco, podendo, no final da infusão,o paciente manifestar numa crise de hiperglicemia transitaria, como também apresenta a desvantagem de fechasse (cerca de 208) nas paredes internas do equipo e do frasco de soro, não residindo o paciente a dose correta. Deve-se observar, também, que, ce uma segunda dose for administrada em solução com o mesmo equipo já usado anteriormente, não haverá mais fixação, e assim a dose recebida pelo paciente também não poderá ser devidamente controlada, sendo difícil à manutenção de níveis ideais no sangue. Devido a estas desvantagens, quando indicada por via venosa, à insulina deve ser administrada de uma só vez, pela borracha do equipo, ou diferentes na veia, de modo lento.

I) observar sinais de reação retardada. Por fatores individuais,algum paciente poderá apresentar reação maior de tempo que o normal. É necessário, então, identificar esta reação, evitando-se, assim crise de hipoglicemia.
J) observar o tipo da agulha. A insulina deve ser administrada com agulha apropriada (10X5), para evitar complicações locais.

K) Fazer glicosúria. A glicosúria deve ser feita a lida corretamente, nos horários prescritivos, pois este é um indicador de grande valia na determinação da dose de insulina a ser administrada.

L) Observar os fatores que podem influir no aumento ou na diminuição da dose da insulina.


3.1.4.1. Fatores que contribuem para aumentar a dose de insulina:
a) aumento de peso;
b) diminuição ou ausência de exercício físico;
c) hipertireoidismo;
d) uso de corticóide;
e) infecção aguda, septicemia, febre, queimaduras;
f) dieta inadequada.

3.1.4.2. Fatores que contribuem para diminuir a dose de insulina:
A) perda de peso;
B) aumento de exercício físico;
C) suspensão de terapêutica por corticóide;
D) tratamento e controle de processos infecciosos;
E) uso de hipoglicemiante oral;
F) dieta adequada.

Além destes fatores, devem sirconsideradas as diferenças individuais de reações ao medicamento.

3.1.4.3. observar o tempo de validade do medicamento.

Mudança de cor, turvação ou viscosidade anormal é indicativa de deterioração ou contaminação.

3.1.4.4. observar o local onde será guardado o medicamento.

Para maior conservação, o medicamento deve ser guardado em local fresco.

3.1.4.5. observar sinais de hipoglicemia

Os sinais de hipoglicemia são:
a) sudorese, palidez, cefaléia;
b) polifagia;
c) sonolência, sensação de desmaios;
d) confusão mental (podendo levar a perda de consciência, se não for tratada a tempo).
Ao identificar estes sinais em algum paciente que esteja usando insulina , enfermagem deverá:

a) dar-lhe alimento açucarado;
b) providenciar o médico;
c) proporcionar-lhe conforto;
d) controlar sinais vitais;
e) preparar seringa e glicose hipertônica.

3.1.4.6. Dar instruções ao paciente

A enfermeira devera explicar ao paciente as reações que poidem ocorrer quando do uso do medicamento, conseguindo, assim,sua colocação no tratamento e na identificação dos sinais.

3.1.4.7. Observar aplicação de insulina em pacientes diabéticos jovens.

Em diabéticos jovens, de difícil compensação, é indicado usar sempre Insulina de mesma concentração. Alguns autores afirmam que esta é uma medida que contribuirá para uma mais rápida compensação.

3.1.4.8. Observar a dosagem.

Um dos maiores cuidados da enfermagem ao administrar este medicamento é fazer o cálculo com exatidão.
No mercado, a Insulina é encontrada em frasco – ampola de 10ml de 20u/ml, 40u/ml e 80u/ml. Para facilitar a aplicação, os laboratórios padronizaram a cor do rótulo do frasco de acordo com o numero de unidades por mililitros:

INSULINA REGULAR:

· Rotulo amarelo e branco para ampola de 20u.
· Rotulo vermelho róseo e branco para as ampolas de 40u.
· Rotulo verde e branco para a ampola de 80u.

INSULINA NPH:

Rótulo verde claro e branco para qualquer dosagem. A diferencia está apenas na cor das letras do rótulo: o frasco de 40u letras vermelhas. o de 80u letras vedes.

Sendo um medicamento geralmente usado em fração de mililitros, exige também um tipo especial de seringa. No mercado, são encontradas seringas de 1ml a 2 ml, graduadas em 20u, 40u, 80u e 100u.

É necessário fazer cuidadosamente o calculo, para evitar erros de dosagem que poderão ser de graves conseqüências para o paciente.

Procurando facilitar esta tarefa, usamos o calculo baseado na regra de três simples, embora reconheçamos que possa existir outra maneira de se calcular a dosagem.

Quando a graduação da seringa coincide com as unidades de Insulina, o calculo não constitui problema.

Exemplo nº 1:

Temos seringa de 1ml graduada em 40u e insulina de 40u/ml. A dose prescrita foi de 24u.
Neste caso, basta aspirarmos a seringa exatamente ate o limite de 25u.

Exemplo nº 2:

Temos seringa de 1ml graduada em 40u e insulina de 40u/ml. A dose prescrita foi de 60u.
Como coincidem a graduação da seringa e as unidades de insulina, basta aspirarmos do frasco a quantidade prescrita.
Como esta dose ultrapassa a capacidade da seringa, e administrada de duas vezes. Aspiram-se as de 40u, injetando-se no paciente, e em seguida, aspiram-se as 20u restantes, administrando-as.

Exemplo nº 3:

Temos seringa de 2ml graduada em 80u e insulina de 80u/ml. A dose prescrita foi de 20u.
Neste caso, teremos que administrar a quantidade equivalente à 10u nesta seringa, por ser a mesma de 2ml. Se fosse uma seringa de 80u e de 1ml, aspiraríamos exatamente 20u.
Outras vezes, temos seringa cuja graduação não coincide com as unidades de Insulina. Nestes casos, usaremos a seguinte fórmula:

Insulina: Seringa:: Dose prescrita: X

Temos, nesta fórmula, duas alternativas:

1º. Calcular considerando a graduação da seringa em unidades.

Exemplo nº 4:
Temos seringa de 1ml gaduada em 40u e Insulina de 80u/ml. A dose prescrita foi de 25u.
Usando a fórmula citada, teremos:

80:40::25:X

X=40 x 25 = 12,5u
80
Então, aspiramos 12,5u, que correspondem ás 25u prescritas.



Exemplo nº 5:

80:100::30: X

X = 100 x 30 = 37,5u
80

Devemos aspirar, portanto, a insulina até o limite correspondente a 37,5u, que equivalem ás 30u prescritas.

Tomaremos, agora a seringa de 2ml, com as mesmas graduações já citadas. O cálculo para esta dosagem deverá ser feito exatamente como nos casos anteriores, no entanto, tendo esta seringa o dobro do diâmetro da de 1ml, o resultado encontrado deverá ser dividido por 2.

Exemplo nº 6:

Temos seringa de 2ml graduada em 80u e insulina de 40u por mililitro. A dose prescrita foi de 35u.

Então:

40:80::35:X

X: = 80 x 35 = 70u / 2 = 35u
40

Devemos, portanto, aspirar a insulina até o limite correspondente a 35u.

Exemplo nº 7:

20:40::10:X

X = 40 x 10 = 20u / 2 = 10u.
20

Devemos administrar, portanto, a quantidade correspondente a 10u.
É necessário que a enfermagem tenha bastante cuidado, não se esquecendo de dividir o resultado por 2, a fim de evitar o erro da administrar dose dupla.

2º. Calcular considerando a graduação da seringa em mililitros.
Este cálculo é, basicamente igual ao anterior; deveremos considerar, entretanto , na primeira operação, os mililitros da seringa, ao invés da graduação em unidades. Para conseguirmos a dose correta, serão necessárias duas operações obedecendo a ás seguintes fórmula:

Insulina: Seringa (ml):: dose prescrita: X
Seringa (u): seringa (ml): :X: o resultado anterior

Exemplo nº 8:

Temos seringa de 1ml graduada em 80u e insulina de 40u/ml. A dose prescrita foi de 10u.

Então:
40: 1 ::10: X

X = 1 x 10 = 0,25u
40

Para calcularmos 0,25u nesta seringa, faremos a segunda operação.


X = 80 x 0,25 = 20u
1
Devemos administrar até a graduação correspondente a 20u.

Exemplo nº 9:

Temos seringa de 1ml graduada em 100u e insulina de 80u/ml. A dose prescrita dói de 30u.

Então:

80: 1:: 90: X

X = 1 x 90 = 0,375u
80

Para calcularmos 0,375u nesta seringa faremos a segunda operação:

100: 1:: X: 0,375

X = 100 x 0,375 = 37,5u.
1
A dosagem a ser aplicada é de 37,5u na seringa de 100u.

Observação:
Citamos esta segunda fórmula como exemplo, pois, particularmente, consideramos a primeira (utilizando a seringa em unidades) mais simples e mais prática. Esclarecemos, também, que ela é necessária apenas quando a dose a administrar é em fração do mililitro.
Exemplificaremos quando falarmos do uso da insulina em psiquiatria.


3.1.5. Outros empregos da Insulina.

Além de ser especificamente indicado nos casos de diabete, este hormônio é usado em Psiquiatria, para levar o paciente a um estado hipoglicêmico, bem como em tratamento de engorda.
Em amos os casos, os cuidados gerais na administração das doses deverão ser considerados.
Quando a insulina é usada em Psiquiatria, só devemos sustar o choque no momento indicado.
Desejamos chamar a atenção para a dosagem, quando do uso de insulina em Psiquiatria. De um modo geral, as doses de insulina prescritas são altas, e a seringa própria para insulina não tem capacidade para tanto. Neste caso, teremos que usar a seringa comum de 3ml ou 5ml e fazer o cálculo baseado em mililitros.

Exemplo nº 10.

Temos insulina de 40u/ml, e a dose prescrita foi de 120u. Quantos mililitros deverão ser administrados?

Aqui, como nos outros cálculos, usaremos, também, a regra de três simples, considerando a seringa em mililitros.

Então:
40u_____1ml
120u_____X

X = 120 x 1 = 3ml
40

Devemos administrar, portanto, 3ml, podendo usar qualquer tipo de seringa.

Exemplo nº 11.

Temos insulina de 80u/ml, e a dose prescrita foi de 200u. Quantos mililitros deverão ser administrados?


80u___1ml
200u___X

X = 200 x 1 = 2,5ml
80

A quantidade a ser administrada é de 2,5ml.



3.2. sulfas hipoglicemiantes.

As sulfas hiperglicemias são usadas especialmente para adultos na fixa ataria entre 30 e 40 anos, com diabete estável cuja necessidade de insulina não ultrapassa 40u diárias.

Os produtos disponíveis no mercado são classificados em grupos:

a) sulfoniluréria:
clorpropamida (diabinese).
acetohexamida (dimelos).
tolazomida (tolinase).
outras
b) biquannidinas:
fenetibiganida (debinyl, dbi).
Todas estas sulfas são bem absorvidas por via oral, porém metabolizadas de modo diferente, resultando em tempo e duração variáveis.

Os efeitos colaterais da sulfoniluréria são mais acentuados no aparelho digestivo: náuseas, queimor no epigástrio, vômitos, anorexia, dores abdominais. Podem, também, ocorrer reação urticariforme leve, exantema e ainda leucopenia.

Efeitos tóxicos não são muitos comuns e, quando ocorrerem desaparecem com a suspensão do medicamento.

Com as biquanidinas, além dos efeitos gástricos já citados, o paciente pode queixar-se de sabor metálicos ou amarcitados, o paciente pode queixar-se de sabor metálico ou amargo na boca.

O tratamento com estas drogas deve com estas drogas deve começar em pequenas doses, especialmente em paciente idosos e com inicio de arteriosclerose coronária ou cerebral, até a determinação da dose ideal, evitando, assim, o aparecimento de crises hipoglicêmicas.

· Cuidados de enfermagem na administração de sulfas hipoglicemiantes.

3.2.1. Observar a dosagem.

A Dose diária a administrar deve ser fracionada, a fim de serem mantidos níveis sanguíneos constantes nas 24 horas.

O tempo máximo de ação destas drogas está em torno de 12 a 14 horas. Sua administração deve ser iniciada por volta das 7 ou 8 horas. Há alguns autores que aconselham a administração em jejum.

3.2.1.2. Observar os pacientes em uso de clorpropamida.

A clorpropamida (diabinese) tem seu tempo de ação bem prolongado, alcançando até 35 horas; deve, por isso, ser administrada apenas uma vez por dia.

Os pacientes em uso desta droga devem ser cuidadosamente observados, pois os níveis sanguíneos só são alcançados após 4 dias de uso do medicamento. Nesse período, o paciente poderá apresentar hiperglicemia, cujos sintomas mais comuns são:

a) aumento da taxa de glicose no sangue e na urina.
b) Sintomas de desidratação;
c) Cetonuria;
d) Polidipsia;
e) Poliúria.

3.2.1.3 Observar reações colaterais.

O uso de sulfas hipoglicemiantes pode acarretar reações colaterais como: náuseas, vômitos dores abdominais, etc.

· Fazer glicosúria.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Instruções para Realização de Urinálise Sedimentoscopia

Instruções para Realização de Urinálise Sedimentoscopia.

INSTRUÇOES PARA USO DOS MICROSCÓPIOS.

Os microscópios da seção de Urina devem ser todos equipados com condensador de fase para que a rotina de microscopia seja feita com a óptica fase.
.
Para a realização do exame microscópio ,é importante que o operador sente-se corretamente com as contas apoiadas adequadamente no encosta da cadeira e os pés tocando o chão .Para tanto, as cadeiras devem ser dotadas de rodízios e com altura regulável .A altura das oculares deve estar adequadamente ajustada a altura dos olhos. À distância pupilar deve ser ajustada corretamente .Ela de acordo com o observador .

O esfregaço de Urina é preparado para ser lido a fresco , sem lamínula e deve ser fino o suficiente comportar apenas um plano focal.

Para inicia a operação ,ligue o microscópio e girando o botão até atingir a luminosidade adequada trabalhando com contraste de fase e permitindo e desejável operar com o Maximo de luminosidade confortável á visão . O condensador deve estar elevado ,próximo da preparação (lâmina). A prática de baixar o condensador ,para aumentar o contraste não se aplica neste tipo de microscópio.

Utilizar as objetivas de pequeno aumento , inicialmente ,para localizar e examinar
de uma maneira geral preparação. Existe um número em cada anel de fase no condensador e em cada objetiva . Os números dos anéis do condensador e das objetivas devem coincidir (ph 2,ph3,etc).

O esfregaço deve ser fino o suficiente para conter apenas um plano focal durante a observação. Isto, na prática, corresponde ao fato de ao movimentarmos o micrométrico, só vermos uma camada de elementos por exemplo, células. A observação de elementos de planos superiores ou inferiores indica que o esfregaço esta muito espesso.

A leitura fina do esfregaço deve ser feita com objetiva de aumento de 40X. O resultado, no caso de sedimento qualitativo, é dado em número de elementos por campo microscópico. No caso do sedimento quantitativo, o resultado é dado em elementos por ml. Neste último caso, não é obrigatório a contagem com objetiva de 40X, Sendo possível a utilização de outras objetivas, com aumento menor, desde que a discriminação dos elementos não seja prejudicada.

Um erro comum é o de , na contagem do sedimento qualitativo, o obse4vador valorizar e escolhe mais os campos que contêm elementos, passando sem consideração os campos desprovidos ou pobres em elementos.

2. SEDIMENTO QUALITATIVO

Deve-se centrifugar cerca de 12 ml de urina em tubo cônico, por 10 minutos á 3000 rpm. Variações de 6 a 10minutos e 2800 a 3500 rpm, são aceitáveis.

Obs: Quando a contagem for realizada em urina não centrifugada, multiplicar por 50.

Inverter o tubo, após a centrifugação, e utilizar a urina sobrenadante para as eventuais pesquisas e dosagens. No fundo do tubo permanecem cerca de 0,2 ml de sedimento. Este material deve ser colocado em lamina, formando o esfregaço fino.

A contagem dos elementos deve ser feita em vários campos, e o resultado final será a média do número de elementos observados.

3. SEDIMENTO QUANTITATIVO.

Deve-se centrifugar exatamente 10ml de urina, em tubo cônico graduado, por 10 minutos, á 3000 rpm. Variações de 6 a 10 minutos e 2800 a 3500 rpm são aceitáveis.

Obs: Quando a contagem for realizada em urina não centrifugada, multiplicar por 10.
Sem agitar e sem ressuspender o sedimento, retirar os 9 ml superiores. Agitar o tubo para homogeneizar o material restante (1ml). Inclinar o tubo e, com o auxilio de um capilar, transferir a amostra homogeneizada para a câmara de Neubauer, preenchendo cuidadosamente a área de contagem, observando para que não haja transbordamento.

Lembrar que, em cada câmara, é possível colocar duas amostras ao mesmo tempo.

A contagem dos elementos deve ser feita da seguinte maneira:
· Contar o número de elementos presentes nos quatro quadrados grandes – cada um destes quadrados contém dezesseis quadrados menores – tirar a média aritmética e multiplicar por mil.
· Se a urina contiver um número muito grande de elementos, podem ser contados os quatro quadrados pequenos que se encontram nos vértices do quadrado central mais o quadrado pequeno central, tirar a média aritmética d multiplicar por 25 ml.

4. ELEMENTOS VISUALIZADOS.

4.1 Células Epiteliais

Não é feita a contae4m das mesmas. A valia-se a quantidade expressando o resultado da seguinte forma:
· RR – Raríssimas.
· RA – Raras.
· AL – Algumas.
· NU – Numerosas.
No Sedimento qualitativo existe espaço próprio para anotar as células. No sedimento quantitativo elas deverão ser anotadas no espaço destinado a “Outros elementos”, com a mesmo nomenclatura usada para o sedimento qualitativo.
Não há justificativa para se expressar numericamente a quantidade de células epiteliais.

4.2 Leucócitos

Sedimento Qualitativo: Além do número médio encontrado em cada campo, será fornecida a informação quanto ao estado em que os leucócitos se encontram (isolados, degenerados, agrupados).

A seguir apresentamos a relação de observações referentes aos leucócitos que pode ser utilizada em casos de sedimento qualitativo.

Números utilizados:
· De 1 a 10 por campo utiliza-se qualquer número.
· De 10 a 20 por campo utilizam-se apenas o número 15. Qualquer outro número nesta faixa deverá ser aproximado.
· De 20 a 100 por campo utiliza-se números de 10 em 10 , (ex: 30 pc, 50 pc, etc).

Siglas:
· RR - Raríssimos.
· RA - Raros.
· ISO – Isolados.
· IRD – Isolados, raramente degenerados.
· IAD – Isolados, algumas vezes degenerados.
· IFD – Isolados, freqüentemente degenerados.
· RDA – Raramente degenerados e agrupados.
· ADA – Algumas vezes degenerados e agrupados.
· FDA - Freqüentemente degenerados e agrupados.

4.3 Eritrócitos

· Sedimento Qualitativo: Procede-se a contagem e, quando o número for igual ou superior a 10 pc deve ser referida a presença ou não de dismorfismo eritrocitário ( Dis E).
· Sedimento Quantitativo: Procede-se á contagem e, quando o número for igual ou superior a 10000/ml refere-se a presença ou não de dismorfismo eritrocitário (DIS E ).
Se o dismorfismo eritrocitário for positivo, com presença de cilindros hemáticos, considere este item completo.
Se o dismorfismo for positivo, mas não houve observação de cilindros hemático, centrifugar novo tubo e observar qualitativamente (em lâmina) a presença de cilindros. A centrifugação de novo tubo também será necessária quando houver dúvida no resultado do dismorfismo. Neste caso, anotar no item “Outros” a seguinte observação: No exame qualitativo do sedimento foram observados raríssimos (ou raros) cilindros (descrever o tipo de cilindro encontrado e que não tenha sido referido no exame quantitativo). O próprio técnico que leu o sedimento quantitativo se encarrega de observar isto.
Obs: Os eritrócitos poderão ser contados em urina pura em casos em que o número de leucócitos for tão alto a ponto de dificultar a observação dos eritrócitos. Nestes casos, o resultado no sedimento qualitativo deverá ser multiplicado por 50 e no sedimento quantitativo por 10.

4.4 Dismorfismo Eritrocitário (Dis E)

Deve ser referido sempre que o número de eritrócitos for igual ou superior a 10 pc ou 10000/ml.
O resultado será expresso pelo técnico em cruzes e no laudo deverá ter a seguinte interpretação:
Dis E + - discreto dismorfismo eritrocitário.
Dis E ++ - moderado dismorfismo eritrocitário.
Dis E +++ - evidente dismorfismo eritrocitário.
Dis E 0 – ausência de dismorfismo.

A análise do dismorfismo eritrocitário, relacionada com presença de cilindro hemático é de extrema utilidade no diagnóstico da origem de uma hematúria.

Devido ao seu grau de importância, só poderá ser avaliado por técnicos bem treinados e todo dismorfismo positivo deverá ser revisto por outro técnico.

4.5 Cilindros

Para facilitar a evidenciação dos cilindros, observa-se primeiramente a presença deles em aumento menor (100 vezes) e identificar-se qual o tipo em aumento maior (400X).

Sedimentos Qualitativos: Os cilindros não são contados, mas descritos em relação ao tipo e avaliados através das seguintes denominações:
· RR – Raríssimos.
· RA – Raros.
· AL – Alguns.
· NU – Numerosos.

Sedimento Quantitativo: Conta-se o número de cilindros isoladamente, dependendo do tipo, expressando o resultado por ml.

Tipos de Cilindros:
· HIAL – Hialinos.
· FINGRAN – Finamente granulosos.
· GRAN – Granulosos.
· CEL – Celulares.
· CER – Céreos.
· LIF – Lipoídicos só são pesquisados e referidos quando a proteína for igual ou superior a 1g/l.
· HEM – Hemáticos só são pesquisados e referidos em casos em que o número de eritrócitos for igual ou superior a 10 pc ou 10000/ml.

4.6 Filamentos de Muco

São anotados em “Outros elementos” e referidos da mesma maneira, tanto no sedimento qualitativo como no quantitativo. O resultado sairá da seguinte maneira:
· PQMUC – pequena quantidade de muco.
· REMUC – regular quantidade de muco.
· APMUC – apreciável quantidade de muco.

4.7 Bactérias

São referidas no espaço destinado a “outros elementos”. A maneira de anotar a presença de bactérias será igual tanto para sedimento qualitativo como para quantitativo.
· RABAC – raras bactérias.
· ALBAC – algumas bactérias.
· NUBAC – numerosas bactérias.

Obs: É importante que esta referência seja feita apenas quando o observador tiver absoluta certeza de que se trata realmente de bactérias e a flora for “homogênea”.

4.8 Cristais

Os Cristais são referidos na parte do exame destinada a “Outros elementos” e de acordo com a quantidade serão referidos como:
· RR – Raríssimos + o tipo de cristal (urato amorfo, oxalato de cálcio etc).
· RR – Raros.
· AL – Alguns.
· NU – Numerosos.
Como a presença de alguns cristais depende do pH urinário deve ser observado se há compatibilidade. Além da morfologia, há alguns procedimentos que auxiliam a identificação dos diferentes tipos de cristais.

Tipos de Cristais

Ácido úrico.
· Freqüentemente encontrados em urinas ácidas.
· Solúveis em NaOH em Tampão Borato.
· Com o uso do filtro de luz polarizada, evidencia-se uma grande variedade de cores, possibilitando a sua diferenciação de outros cristais.

Urato amorfo.
· Encontrado em urinas ácidas e neutras.
· Solúvel em NaOH ou em Tampão Borato.

Oxalato de Cálcio.
· Encontrado em qualquer pH.
· Solúveis em HCl diluído.

Fosfato amorfo.
· Encontrado em urinas neutras ou alcalinas.
· Solúveis em ácido acético ou em tampão acetato.

Fosfato amoníaco – magnesiano.
· Encontrado em urinas neutras ou alcalinas.
· Solúveis em ácido acético ou em tampão acetato.

Fosfato de Cálcio.
· Encontrado em urinas neutras e alcalinas.
· Solúveis em HCl.

Urato de amônio.
· Encontrado em urinas alcalinas.
· Solúveis em NaOH e em HCl.

Tirosina.
· Encontrados em urinas ácidas.
· Solúveis em NaOH e em HCl.

Leucina.
· Encontrado em urinas ácidas.
· Solúveis em NaOH.

Cistina.
· Encontrados em urinas ácidas.
· Solúveis em NaOH e em HCl.
· É o único cristal cujo encontro faz diagnóstico de uma patologia específica.

Obs: Outros cristais podem ser encontrados, como de colesterol, bilirrubina, sulfas ou outros medicamentos, mas usualmente não são referidos.

4.9 Leveduras

Anotadas em “outros elementos” e referida de forma igual nos dois tipos de sedimentos.
· RLEV – raríssimas leveduras.
· RALEV – raras leveduras.
· ALLEV – algumas leveduras.
· NULEV – numerosas leveduras.
Em casos em que este elemento está presente, convém que se pesquise a presença de filamentos micelianos, que são os elementos que asseguram mais a existência de infecção micótica.

4.10 Filamentos Micelianos

São referidos de forma igual nos dois tipos de sedimentos. A referencia será feita da seguinte forma:
· RRFMI – raríssimos filamentos micelianos.
· RRAFMI – raros filamentos micelianos.
· ALFMI – alguns filamentos micelianos.
· NUFMI – Numerosos filamentos micelianos.

4.11 Corpúsculos de Lipóides Birrefringentes

São evidenciados quando utilizado filtro para luz polarizada. Coloca-se o filtro sobre o campo das lentes girando até que, através da ocular, o campo se mostre escuro. Girar o disco do condensador até a posição d ou J (luz direta, sem contraste da fase) e pesquisar os corpúsculos de lipóides.
Estes aparecem como uma estrutura luminosa com a forma de uma cruz, comparada classicamente á cruz de Malta.
Podem estar “livres” ou incluídos em célula ou cilindros (este aspecto não necessariamente é referido.)
Este elemento é pesquisado apenas em casos nos quais a proteinúria for igual ou superior a 1,0 g/L.
São referidos da seguinte maneira:
· RRCLB – raríssimo corpúsculo de lipóides birrefringentes.
· RACLB – raros corpúsculos de lipóides birrefringentes.
· ALCLB – Alguns corpúsculos de lipóides birrefringentes.
· NUCLB – Numerosos corpúsculos de lipóides birrefringentes.

4.12 Trichomonas.

São Referidos igualmente nos dois tipos de sedimentos da seguinte maneira:
· RATRI – Raras trichomonas sp
· ALTRI – Algumas trichomonas sp.
· NUTRI – Numerosas trichomonas sp.

A fórmula padrão usada para a contagem de hemácias, também se aplica a contagem de células no liquor para determinar o número de células por ml. a fórmula aplicada é a mesma para qualquer câmara, tanto a de Fuchs quanto à de Neubauer, os dados da profundidade e da superfície normalmente vêm impressa nas câmeras no exemplo da figura 06 é de 0,200mm X 0,0625mm2, esse resultado será igual a 0,0125mm3, então a formula fica:
O número de células contadas divididas por 0,0125mm3, essa razão será igual ao número de células por ml.



Cálculo para determinação de partículas (uso geral)

Partículas por ml volume = partículas contadas / (superf. cont. (mm2) X profundidade câmara (mm) X diluição).